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Este livro surgiu como uma proposta de comemoração pelos 50 anos de O Tempo e o Vento, obra maior de Érico Veríssimo, que fez a melhor síntese da identidade gaúcha e, ao mesmo tempo, a popularizou em todo o Brasil, pela literatura, a história épica desse território meridional, plasmado nas guerras de fronteira e na opção de sua gente, tantas vezes reiterada, de manter-se brasileira.

Este livro agrega reflexões que radicam em torno do silêncio da arte, em particular a canônica, consagrada nos manuais de arte, sobretudo a literária, a respeito dos oprimidos, excluídos e marginalizados da história. Trata-se, assim, de investigar a legitimidade de discursos estéticos a respeito de minorias étnicas e sexuais. Discursos cuja importância tem sido minorada pela instituição acadêmica e que representam uma reação às ideologias dominantes, emanada de alguns grupos em particular: negros, índios, mulheres, gays, entre outros.

Esta obra assume o desafio – e o desejo – de apresentar à leitora e ao leitor os bastidores da pesquisa: as motivações, a seleção e o descarte de materialidades, os encontros com conceitos, os movimentos que gestam um método e as alegrias e agruras do processo de fazer pesquisa em educação e arte.

O sétimo e último volume da "Coleção Cultura Visual e Educação" promove encontros nos quais aprender/pesquisar/ensinar cultura visual são dimensões que dançam abraçadas num esforço que exige aconchego diário e trato diligente de vidas em convívio.

Processos psicolinguísticos da escrita sustentam que as metodologias precisam ser revistas, recuperando a especificidade do processo de alfabetização num contexto de letramento.

A ideia de cartografia na contemporaneidade vem sendo desenvolvida por autores como Deleuze, Guattari, Rolnik e Serres, com o sentido de resgate da dimensão subjetiva da criação e produção do conhecimento. Os estudos nessa linha são apresentados e problematizados a partir do pensamento da diferença e da filosofia da multiplicidade.