De fato, a circulação de idéias e formas culturais britânicas no Brasil oitocentista ocorreu, muito frequentemente, através de intermediação francesa e por diferentes meios e sujeitos que assumiram o papel de mediadores culturais entre Grã-Bretanha, França e Brasil. Nesse contexto, essa ficção britânica, que circulou da Europa ao Brasil principalmente por meio de periódicos, apresenta, em seus estágios de apropriação francês e brasileiro, marcas de leitura impressas nas narrativas por aqueles que foram seus primeiros leitores: os tradutores. Nesse percurso investigativo, sobressaem: o universo inesgotável e intrincado dos periódicos, defendidos, na Europa e no Brasil, como símbolos e promotores da civilização de uma nação; a questão da tradução numa época que não conhecia direitos autorais; a coexistência de fases distintas de produção de ficção; a atuação multifacetada dos homens de letras; a contingência do valor literário relacionada ao convívio, na mesma publicação, de escritores de calibre diverso. Assim sendo, o leitor encontra, neste livro, a discussão de vários fatores que se entrelaçaram e concorreram para as primeiras incursões na escrita de ficção no Brasil.
Descrição
Informação Adicional
Título | Narrativas Itinerantes |
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Subtítulo | Aspectos franco-britânicos da ficção brasileira, em periódicos da primeira metade do século XIX |
Autor(es) | Maria Eulália Ramicelli |
Editora/Selo | Editora UFSM |
Assunto Principal | Literatura, Literatura brasileira, Ficção, Critica literária, Literatura inglesa, Século XIX, Periódicos |
Assunto Secundário | Não |
Origem do Livro | Nacional |
Coleção | Não |
Número de Páginas | 264 Pág. |
Acabamento | Não |
Número da Edição | 1ª |
Ano da Edição | 2009 |
ISBN (SKU) | 9788573911244 |
Código de Barras | 9788573911244 |
Faixa Etária | Graduação, Pós-Graduação e outros |
Idioma | Português |
Número do Volume ou Tomo | 1 |
Classificação Fiscal (NCM) | 49019900 |
Comprar na Apple | Não |
Comprar no Scribd | Não |
Sumário
Agradecimentos
Introdução
Da Grã-Bretanha ao Brasil, a mediação pedagógico-cultural dos periódicos
Tradução e liminaridade ficcional no século XIX
O “ire-e-bire” da ficção nas páginas de periódicos oitocentistas
Lendo ficção britânica por um viés francês
Quando a semelhança não é mera coincidência
Considerações finais
Anexo 1: Ficção Britânica traduzida para periódicos brasileiros do Rio de Janeiro (primeira metade do século XIX)
Anexo 2: Relação dos primeiros textos ficcionais brasileiros localizados em periódicos do Rio de Janeiro (décadas de 1830 e 1840)
Anexo 3: Registros do início da seção “Folhetim” em periódicos do Rio de Janeiro
Referências
Bibliografia