A tese que origina este livro, defendida por Nathália Drey Costa no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFSM em 2022, vale-se das cartografias propostas por Jesús Martín-Barbero, referência nos estudos de comunicação e cultura na América Latina, para oferecer uma compreensão do trabalho criativo na atualidade.
A autora convida jornalistas, editores, redatores, publicitários, produtores de conteúdo e outros tantos trabalhadores da área, em suas novas e múltiplas funções, para pensarem sobre os modos pelos quais se reconfigura, hoje, a sua atividade laborativa. Como questão de fundo, a obra nos leva a problematizar a forma como as tecnologias digitais nos mobilizam e nos atravessam através de tantas e (nem sempre) tão criativas possibilidades.
Em seu percurso de pesquisa, que pude acompanhar de perto como orientadora desde o Mestrado em Comunicação, defendido em 2015, Nathália sempre demonstrou aliar sua preocupação com temáticas de relevância social, com uma excelente capacidade de articulação teórica e de intervenção, manifestadas em seu fazer jornalístico, em sua militância política e em sua colaboração com os grupos de ensino, pesquisa e extensão na universidade. A conquista do Prêmio Tese UFSM 2023, em sua primeira edição, marca o reconhecimento de toda a dedicação e seriedade de Nathália ao longo da investigação científica. Nossa expectativa agora, com a publicação deste livro, é de que a pesquisa possa circular ainda mais e inspirar novos projetos na área.
Boa leitura!
Liliane Dutra Brignol.
Título | Os sentidos do trabalho criativo |
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Subtítulo | novos caminhos, mapas antigos |
Autor(es) | Nathália Drey Costa |
Editora/Selo | Editora UFSM |
Assunto Principal | Criatividade, Trabalho criativo, Comunicação, Jesús Martín-Barbero, Mapa comunicativo, Prêmio Tese UFSM |
Assunto Secundário | Não |
Origem do Livro | Nacional |
Coleção | Não |
Número de Páginas | 290 Pág. |
Acabamento | Não |
Número da Edição | 1ª |
Ano da Edição | 2024 |
ISBN (SKU) | 9786557161289 |
Código de Barras | 9786557161289 |
Faixa Etária | Graduação, Pós-Graduação e outros. |
Idioma | Português |
Número do Volume ou Tomo | Único |
Classificação Fiscal (NCM) | 49019900 |
Comprar na Apple | https://books.apple.com/br/book/os-sentidos-do-trabalho-criativo/id6736946173 |
Comprar no Scribd | Não |
Sumário:
Prefácio
Tempos modernos
1. Recalculando rotas: mudanças na indústria, na cultura e no trabalho
1.1 Criador e criatura: a indústria é cultural ou criativa?
1.2 Terra à vista: a cultura como base material
1.3 O trabalho como processo comunicativo
1.3.1 Particularidades do trabalho no Brasil
2. Um mapa para ler o trabalho criativo
2.1 Mapeando Martín-Barbero
2.2 Narrativas do trabalhador criativo: a forma artesanal de comunicar
2.2.1 Entrevista: “nunca tinha pensado nisso até agora”
2.2.2 Questionário e questionamento: será que sou um trabalhador criativo?
2.2.3 Diários de trabalho: trabalhar e narrar em meio a uma pandemia
3. Dos eixos às mediações: um contexto
3.1 Mobilidades e fluxos: empregados de si mesmos e o patrão-plataforma
3.1.1 Computador, internet e cérebro
3.1.2 Produtores e produtos
3.1.3 O patrão é a plataforma
3.1.4 Sujeitos de mercado: Você S.A.
3.1.5 Sujeitos motivados: “pelo menos tenho um emprego”
3.1.6 Empregados ou chefes de si mesmos?
3.2 Tempos e espaços: o tempo sem tempo e o espaço dividido
3.2.1 Um tempo todo seu
3.2.2 Aceleração e contemplação: o amargo “fazer nada” e tudo ao mesmo tempo
3.2.3 Tempo perdido, tempo investido: idealmente lento, usualmente acelerado
3.2.4 Todo espaço é um espaço de trabalho
3.2.5 Trabalho em casa ou moro no meu trabalho?
4. Das mediações ao mapa: um roteiro possível
4.1 Identidades do trabalho criativo: o self-made faz por si mesmo
4.1.1 Autonomia, flexibilidade e liberdade: “eu me dou direitos trabalhistas”
4.1.2 Ocupação, identidade e adjetivação: o que há em comum?
4.2 Cognitividades do trabalho criativo: a criatividade como mercadoria
4.2.1 Criatividade, repetição e referências: “o trabalho criativo é uma eterna tentativa”
4.2.2 Sofrimento, (in)satisfação e motivação: espaços pessoais negociáveis
4.3 Ritualidades do trabalho criativo: ilhas de um arquipélago produtivo
4.3.1 Rotinização dos espaços: um teto todo seu
4.3.2 O trabalho na internet e o digital como espaço: “meu trabalho é onde eu estiver com internet”
4.3.3 Cotidiano: “eu exploro minha criatividade enquanto organizo o armário”
4.4 Tecnicidades do trabalho criativo: a imaterialidade material
4.4.1 Trabalhar com internet: o digital como tempo e a experiência como produto
4.4.2 Redes: o papel de cada engrenagem
5. Um mapa comunicativo rumo aos sentidos do trabalho criativo